sábado, 15 de agosto de 2015

Educação e a Luta pelos Direitos

Uma educação emancipatória é fundamental para a formação de verdadeiros cidadãos, que sejam ativos nos espaços sociais e políticos e que tenham consciência de seus direitos e deveres. E a luta pelo direito à educação, à igualdade e também à diferença vem acontecendo por vários séculos, desde o período colonial, em que houve a escravidão dos negros, exclusão e discriminação das minorias sociais.
          O direito à educação é hoje uma herança da civilização humana. O Estado busca promover esse direito por meio de políticas públicas educacionais. Porém, ainda há marcas, em nosso país, do impacto sociocultural e excludente deixados pelo modo de colonização e escravatura, que dificultam ou até mesmo impedem que tais direitos venham a se efetivar.
          Nessa luta pela efetivação dos direitos, cabe a nós, educadores e cidadãos, oportunizar o acesso de todos a esses direitos, difundir o conhecimento e declarar os direitos. Declarar, como diz Cury (2002), é retirar do esquecimento e proclamar aos que não sabem, ou esqueceram, que eles continuam a ser portadores de um direito importante. Somente assim, os indivíduos saberão exigir os seus direitos quando não são executados.
          Portanto, a educação tem papel primordial de promover o ensino em todas as dimensões humanas, fomentando o direito à igualdade e o direito à diferença, formando verdadeiros cidadãos, atuantes, reflexivos, críticos e autônomos. A nossa sociedade necessita disso para que os direitos realmente se efetivem. Além do mais, promover o direito à igualdade e à diferença é extremamente essencial em nossa realidade que ainda está “cicatrizando” as marcas deixadas pela discriminação e exclusão social do período colonial, sabendo que ainda hoje há resquícios do preconceito em nossa sociedade.
          Sendo assim, a luta pelos nossos direitos deve ser uma luta constante, no dia a dia, e como educadores devemos fazer com que os educandos tenham conhecimento de seus direitos, estimulando-os a também lutar e declarar tais direitos para que as políticas públicas “saiam do papel” e se efetivem.
         

Referência Bibliográfica


CURY, Carlos Roberto Jamil. Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença. Cadernos de Pesquisa, n. 116, p. 245-262, jul. 2002.

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